Tratamento de efluentes da lavagem de hortifrutigranjeiros: conheça as etapas
- Vânia M. Trentin
- 22 de set.
- 2 min de leitura
A lavagem de frutas, legumes e verduras é uma etapa essencial no processamento de alimentos frescos, especialmente em centrais de distribuição, mercados, cooperativas e agroindústrias. No entanto, essa atividade gera uma grande quantidade de efluentes com carga orgânica e contaminantes, que precisam de tratamento adequado antes de serem descartados no meio ambiente.
Neste post, explicamos as principais etapas do tratamento de efluentes provenientes da lavagem de hortifrutigranjeiros e por que é tão importante investir nesse processo.
Características do efluente
Os efluentes da lavagem de hortifrutigranjeiros costumam conter:
Resíduos orgânicos (cascas, folhas, sedimentos)
Detergentes ou sanitizantes
Carga microbiológica (bactérias, coliformes)
Turbidez e matéria em suspensão
Óleos e graxas (em alguns casos)
Se descartado sem tratamento, esse tipo de efluente pode contaminar solos, corpos d’água e causar prejuízos ambientais e legais.

Etapas do tratamento de efluentes desta atividade
O processo de tratamento pode variar de acordo com o volume gerado e as características específicas da operação, mas geralmente segue as etapas abaixo:
1. Gradeamento ou peneiramento
Etapa inicial de remoção de resíduos sólidos grosseiros, como folhas, galhos, cascas e outros materiais que possam obstruir tubulações e danificar os equipamentos seguintes.
2. Caixa de areia ou sedimentação preliminar
Serve para separar areia e partículas pesadas por decantação. Isso evita o acúmulo de materiais abrasivos nos sistemas de bombeamento e tanques.
3. Decantação ou flotação
Aqui, o efluente passa por uma separação física da matéria orgânica em suspensão, por meio de decantadores ou sistemas de flotação por ar dissolvido (DAF), que ajudam a remover óleos, graxas e sólidos finos.
4. Tratamento biológico
Nesta etapa, ocorre a degradação da matéria orgânica por ação de microrganismos. Pode ser feita por métodos como:
Lagoas aeradas
Reatores UASB
Filtros biológicos
Sistemas de lodos ativados
A escolha do sistema depende do espaço disponível, da vazão e da carga orgânica do efluente.
5. Desinfecção
O efluente tratado passa por desinfecção para reduzir a carga microbiológica, especialmente se for reutilizado. Pode-se utilizar cloro, ozônio ou luz ultravioleta.
6. Destinação final ou reúso
Após o tratamento completo, o efluente pode:
Ser lançado em corpo hídrico, desde que atenda aos padrões da resolução CONAMA 430/2011 e CONSEMA 355/2017 para o estado do Rio Grande do Sul.
Ser reutilizado para fins não potáveis (lavagem de pisos, irrigação, descarga sanitária etc.), conforme regulamentação local.
Benefícios do tratamento adequado
Evita multas e penalidades ambientais
Preserva recursos hídricos e o solo.
Reduz odores e contaminações.
Permite o reaproveitamento da água, gerando economia.
Demonstra responsabilidade ambiental e fortalece a imagem da empresa ou produtor.
Tratar corretamente os efluentes da lavagem de hortifrutigranjeiros é uma etapa fundamental na cadeia de produção agroalimentar. Além de ser uma exigência legal, é um compromisso com a sustentabilidade, a saúde pública e a preservação ambiental.
Se sua empresa ainda não possui um sistema de tratamento adequado, este é o momento ideal para buscar soluções e implementar melhorias!
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