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Lei dos Crimes Ambientais: um marco na proteção do meio ambiente no Brasil

  • Foto do escritor: Vânia M. Trentin
    Vânia M. Trentin
  • 3 de nov.
  • 3 min de leitura

Desde que entrou em vigor em 1998, a Lei nº 9.605, conhecida como Lei dos Crimes Ambientais, se tornou um dos principais instrumentos legais para a defesa do meio ambiente no Brasil. Ela estabelece punições para pessoas físicas e jurídicas que praticam condutas lesivas à natureza, reforçando a ideia de que proteger o meio ambiente é dever de todos.

Neste artigo, você vai entender o que diz essa lei, quais tipos de crimes ela abrange, quais são as penalidades previstas e qual o papel da sociedade e das empresas na sua aplicação.


📜 O que é a Lei dos Crimes Ambientais?


A Lei nº 9.605/1998 regulamenta o artigo 225 da Constituição Federal, que afirma que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo obrigação do poder público e da coletividade protegê-lo para as presentes e futuras gerações.

Ela define o que são crimes ambientais e estabelece sanções penais (prisão e detenção) e administrativas (multas, suspensão de atividades, embargo de obras, entre outras) para quem causar danos à natureza.

Quais são os crimes ambientais previstos na lei?

A Lei dos Crimes Ambientais organiza as infrações ambientais em seis categorias principais:

1. Crimes contra a fauna

  • Matar, perseguir, caçar, pescar ou manter animais silvestres sem permissão

  • Maus-tratos a animais domésticos ou silvestres

  • Tráfico de espécies nativas ou exóticas

2. Crimes contra a flora

  • Cortar árvores em áreas de preservação permanente

  • Provocar queimadas e desmatamento ilegal

  • Comercializar madeira sem origem legal

3. Poluição e outros crimes ambientais

  • Lançar resíduos ou poluentes em rios, lagos ou solos

  • Poluir o ar ou causar poluição sonora acima dos limites legais

  • Contaminar o solo com substâncias perigosas

4. Crimes contra o ordenamento urbano e patrimônio cultural

  • Danificar sítios arqueológicos ou históricos

  • Construir em áreas proibidas ou sem licenciamento ambiental

5. Crimes contra a administração ambiental

  • Obstruir a fiscalização ambiental

  • Fornecer informações falsas a órgãos ambientais

  • Impedir ou dificultar a ação do poder público na fiscalização

6. Infrações cometidas por pessoas jurídicas

A lei reconhece que empresas também podem ser responsabilizadas por crimes ambientais, o que é um avanço importante. A responsabilidade pode recair sobre os dirigentes, sócios ou representantes legais.


Quais são as penalidades?

As punições variam conforme a gravidade do crime e podem incluir:

  • Multas (podendo ultrapassar milhões de reais)

  • Detenção ou reclusão (de meses a vários anos)

  • Prestação de serviços à comunidade

  • Reparação dos danos ambientais causados

  • Suspensão de atividades ou fechamento de empresas



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Em muitos casos, o infrator pode ser obrigado a recuperar a área degradada ou compensar o impacto ambiental causado.


Qual a importância da Lei dos Crimes Ambientais?

  • Garante a responsabilização dos infratores, mesmo quando os danos são causados por grandes corporações.

  • Fortalece a fiscalização ambiental, dando respaldo legal aos órgãos como IBAMA e secretarias estaduais.

  • Conscientiza a sociedade sobre a gravidade dos crimes ambientais.

  • Promove justiça ambiental, protegendo comunidades afetadas por degradação.


E as empresas?


Empresas que operam em setores com potencial poluidor devem estar em conformidade com a legislação ambiental, o que inclui:

  • Ter licenciamento ambiental válido.

  • Apresentar relatórios como o RAPP (Relatório de Atividades Potencialmente Poluidoras).

  • Elaborar e implementar o PGRS (Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos)

  • Investir em sistemas de controle e mitigação de impactos.


Negligenciar essas obrigações pode gerar responsabilidade criminal, civil e administrativa, além de prejuízos à imagem institucional.


A Lei dos Crimes Ambientais é uma ferramenta fundamental para proteger os recursos naturais, punir infratores e promover um desenvolvimento mais equilibrado. Mas, para que ela seja efetiva, é preciso que empresas, cidadãos e órgãos públicos estejam comprometidos com sua aplicação.


Conhecer e respeitar a legislação ambiental é mais do que uma obrigação: é um passo essencial para construir um futuro mais justo e sustentável.


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